domingo, 31 de março de 2013

Liberdade e Coletivo


    O dia 25 de março foi uma segunda – feira diferente para todos nós, pois começou as apresentações de nosso corpo consciente. A professora Renata encerou um trabalho de um semestre, onde a mesma nos repassou uma grandeza infinita de sensações, reações sobre nosso ilimitado corpo e estudo ao longo desse período. É um momento que todos nós vamos reconhecer e ver mais a fundo o trabalho consciente do outro, que apriori era desconhecido perante muitos até o presente momento, pois permanecíamos focado em nosso próprio trabalho e até o prezado momento não tínhamos reverenciado nenhum trabalho assim na disciplina de Consciência corporal.  Que dia fabuloso, pois vivemos uma diversidade de espetáculos corporais distribuídos em espaços diferentes e estudos absolutamente interessantes que se somaram para uma forma de consciência coletiva sobre diversos trabalhos. Neste dia apresentaram Marcelo, Márcia, Ibraim, Lívia, Thiago Amorim e Rubia.


    Marcelo

    Baseou seu trabalho no conhecimento das artes visuais expressou com desenhos de trilhas e linhas que definis em vários segmentos, desenhado no chão com fita isolante, transpondo este chão para parede, à frente usou em sua projeção no data show sua evolução do corpo linha, apresentação em vários estágios e em uma estante atrás mostra as peças de roupas brancas que a turma lhe enviou, dando a sensação de estarmos com ele nessa construção, supersensível da parte dele. A contribuição dele foi o olhar de artes visuais que trouxe para nós sua imensa experiência das artes visuais que não distancia da nossa arte do experimentar.  A apresentação trouxe várias especulações a começar pela professora: “obviedades saltam como grandes descobertas” e que o corpo do Marcelo fica claro suas plasticidade, linhas pontos...; já Juliana diz: “pedacinhos lembra os ossos e as linhas o corpo inteiro”, para Márcia: “identificou a estrutura de nascimento quando chega ao curso de teatro ela se reestrutura nas linhas das descobertas. Foram várias indagações que vamos distribuir em outras apresentações.






    Márcia

    É uma aluna da professora Renata no mestrado e contribuiu muito com sua apresentação para nosso aprendizado, a mestrando nos experenciou sua tese de trabalho, seu trabalho foi no escuro a plateia em círculo, com uma luz acesa em foco no centro onde aparecia chocalhos e um chapéu cheios de fitas coloridas, ela fez muito movimento com o corpo usando as articulações e músculos usou muito a voz posada  ( consciência vocal) e foi bem vivível o movimento de enraizamento e narrou uma frase em sua  apresentação : “eu to presa aqui dentro você ta presa lá fora”, pode ser entendida como se os movimentos estivessem presos dentro da gente querendo sair porém nos estaríamos presos pela correria do dia a dia a falta de tempo ou até o julgamento da sociedade do certo ou errado, ela começa a apresentação anda por toda a sala e retorna por onde começou, o corpo estava presente em todo o momento todo o corpo, respiração presente, passou pelos planos alto médio e baixo foi bem dramático. Os comentários foram: T. Amorim “(belo) a interdisciplinaridade voz/ corpo, enraizamento (profundo/ raso), Rubia: “a máscara facial auxiliava no trabalho e bem marcante, João: “processo me atravessa (dor)”, Lívia : lembra uma dramaturgia  e Juliana: “acrescentava que o corpo máscara esta em término de construção”.






     Ibrahim

     Trabalhou com movimento com música no início leve e suave onde usou da liberdade da máscara infantil com risos que defrontava com a máscara assustadora do diabo que fez no vídeo que duela com ele mesmo, esse diabo  representava a sociedade, o julgamento, foi  acorrentado  como se estivesse preso pelas correntes da torturas  que a sociedade o submete, julgava-o e queria mesmo era mandar em si mesmo, em sua discussões com o diabo ele não aceitou suas imposições, venceu-o em suas atitudes  e depois ele partilhou da sua liberdade  com o grupo uma  dança que lembra muito a dança do candomblé  e todos os alunos inclusive a professora partilhou desse momento de libertação e movimentos. Os comentários Renata: lembra “ Ana Carneiro “a arte é do impossível e não do ideal” e acrescenta tem que se jogar em cena, ninguém está pronto, estamos em processo”, T.Amorim: “ Ibraim vem de Abrão que vem de hebraico (DEUS)  faz um paradoxo com infância  com as críticas da sociedade, Lívia : diz divertido , ator com variações  e usava várias máscaras.


                             (Ibrahim aprisionado pelos ideais e julgamentos da sociedade)


                                           (Ibrahim chamando todos para serem livres) 


    Lívia

    Fez uma apresentação do espetáculo (Bandeira) que ela criou a alguns anos e que vem passando por transformações,  utilizou de um poema de Manuel Bandeira (As maçãs) e duas músicas que é um chorinho de um homem que é cego e mora em Uberaba sua terra natal, apresentou vasilhas com maçãs, uma gaiola com um pano branco e uma mala contendo a bandeira do Brasil. Fez movimentos  que lembravam uma sequencia simples que tinha ( correr, agachar, rodopiar, etc) movimentos leves e finos mas porem enraizamentos firmes,  pediu para nós  guiá-la pelo espaço até encontrar seu objeto, estava de olhos vendados repetindo a frase “eu preciso de vocês”, um trabalho belíssimo e delicado .  no coletivo ela ouviu muitos elogios de  seu trabalho: T. Amorim : “cênico, sensível poético, tons variados e mostrava uma Lívia sensual”, já Robert: lindo... sensacional as máscaras..., Ibraim : “cada um tem sua identidade fantástico o aprendizado juntos , ela envolveu a turma o concreto...”, Renata: “expôs com a alma...”
 
 
                                (Lívia se deliciando com uma maça)

                           (Lívia de olhos vendados e pedindo para a turma a guia-la)


    Thiago Amorim


    Começa sua apresentação com uma explicação breve de seu trabalho e logo nos pediu para fechar os olhos e colocou uma da Marisa Monte que retratou o seu estado e seu trabalho, dançou com movimentos muito leves e sutis sem camisa para expor os movimentos com mais clareza e no segundo momento convido alunos para participar de sua trajetória corporal. Uma apresentação bem justa perante seu desenvolvimento corporal, pois nela fica exposto um trabalho de curso da profª.  Renata, Thiago diz que a escolha de alguns alunos para a dança, foi para aqueles que tinham menos afinidade e quis – lhes propor uma aproximação.
As especulações sobre o trabalho do aluno foram: Camila: “ descreveu a aula toda no seu corpo”, Matheus : “ reconheceu bastante o trabalho que tem nas aulas”, Rubia : “lúbrico com a música, os pontos que ele tinha elaborado”.

                                                    (Thiago Amorim usando movimentos leves)


                               ( Thiago Amorim chamou a turma para participar de sua apresentação)


     Rubia

    Começou sua apresentação pelos cantos da sala quietinha e modesta, com uma música de fundo leve, foi crescendo no espaço foi invadindo sua performance que nos encantou e nos aproximou de seu trabalho, com uma música mais vibrante, ela colocou um pano de fundo vendando os olhos e se aproximou e andou perante o grupo andou e movimentou pelo espaço criando movimentos e dominando ( o grande e o pequeno ) foi emocionante.  As discussões foram promovidas por: Renata: “ ela trouxe a proposta do trabalho, buscou seu desafio e venceu-o” , Juliana : “ o quadril dela estava em evidencia, diz que agora está completa, Vitor: “encaixou muito bem, a música com o corpo”.

                                                               (Rubia usando plano baixo)
                                  (Rubia fazendo movimentos bem sincronizados)


    Professora Renata ressaltou que todas as apresentações do dia ilustraram como tema em comum a Liberdade e Coletivo.

                                                                       (Turma em circulo)


                                         (Todos compenetrados aos comentários da professora Renata)


    Frases e pensamentos sobre liberdade e coletivo:

    “A liberdade é um dos dons mais preciosos que o céu deu aos homens. Nada a iguala, nem os tesouros que a terra encerra no seu seio, nem os que o mar guarda nos seus abismos. Pela liberdade, tanto quanto pela honra, pode e deve aventurar-se a nossa vida.”
Miguel de Cervantes

    Liberdade significa o direito de ir e vir, de acordo com a própria vontade, desde que não prejudique outra pessoa, é a sensação de estar livre e não depender de ninguém. Liberdade é também um conjunto de idéias liberais e dos direitos de cada cidadão.
    Coletivo (grupo): O termo eventualmente é utilizado para se referir a grupos de pessoas que assumem uma mesma orientação política, artística e/ou estética e reúnem-se associações.
    Bom, mais que bom, excelente!!!   Para o primeiro dia de apresentações foram repassados um turbilhão de informações e de verdadeiros espetáculos emocionantes que nos deixaram bem surpreendidos, pois durante o semestre estávamos mais focados em nos mesmos nas aula e o processo do colega não estava tão evidente com as apresentações estamos tendo conhecimento mais a fundo de cada descoberta do colega.

                            (Olha que turma mais compenetrada damos orgulho para professora Renata) 

    Segundo Jussara Miller, “é necessário que se tenha a consciência do corpo, de como ele é, como funciona, quais suas limitações e possibilidades”, isto foi bem expressado nesse primeiro dia de apresentações, pois conhecemos as limitações, possibilidades e habilidades desenvolvidas pelos apresentadores da noite. Parabéns, pois o almejo do trabalho foi alcançado são dignos de aplausos.

3 comentários:

  1. Criticas sugestões comentários e etc são bem vindos por favor participem desta postagem.
    Desde já deixo meus agradecimentos
    Beijos

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  2. Parabéns pessoal. Amanhã começamos, logo mais verão os resultados. Abraços Élder Sereni

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  3. Para mim foi fundamental entender como o lugar onde nos colocamos ao sermos avaliados nos revela possibilidades de superação.Este momento da aula de Consciência Corporal disse para mim o quanto o fazer teatral nos revela. E também o quanto o corpo expõe suas possibilidades de transformar nossa ação.E nessa de avaliar a mim e ao outro, entendo que assistir trabalhos e ver os corpos se transformando, e também expor meu corpo que passou e passa pelos processos de reinterpretação me garante identidade artística.
    Márcia Oliveira.

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